Quem é que vive? Faço essa pergunta com a agonia de quem sabe que a vida é mais complexa do que embalagem de pó royal e com angústia de quem percebe o autodesconhecimento em relação a todas as oportunidades de exploração da vida.
Afinal, quem vive de verdade? Será o doutor bem sucedido, neurocirurgião renomado, conta bancária recheada, pai de família responsável, cumpridor de todas as obrigações? Será o Zé da padaria, vida simples mas digna, casa humilde mas aconchegante, filhos, todos felizes com o que têm, por não terem conhecido o que não têm? Será o músico? Será o artista? O teórico? O revolucionário?
Qual é a da vida? Pró ou contra a sociedade? Seguir fingindo de cego ou abrir o olho e enfrentá-la? Criar sua uni-regra ou seguir a que já tem? Quem encontrou o caminho? Madre Tereza de Calcutá? Cazuza? Você?
É batido, mas não é de se negar: a vida é feita de escolhas. O difícil é ter maturidade para fazê-las. É como se sempre nos faltasse algum tipo de experiência. Sempre! Hoje, questionamos nossas atitudes de ontem. Como eu era idiota, e tal. E, embora hoje nos achemos inteligentes, dignos, amanhã questionaremos o hoje, e depois de amanhã, o amanhã. Então, se a vida é feita de escolhas e nunca temos os pré-requisitos para fazê-las seguramente, o que é viver? Arriscar?
Arriscar é um pouco arriscado, talvez. Pra quem não consegue andar muito bem aí pela vida, o equilíbrio nas atitudes ainda é uma excelente bengala. Se falta a maturidade para se decidir entre o individualismo e o altruismo, se equilibre. É mais ou menos como viver em busca da satisfação dos prazeres individuais, mas seguindo a velha história do não faça com o outro o que você não gostaria que fizessem com você. É também fazer do altruismo um ato individualista. Sim, sentir prazer ao satisfazer prazeres.
Se arriscar, se equilibrar, individualismo, altruismo, mas a pergunta é fixa: quem entre nós é aquele que vive? Quem pode bater a mão no peito e dizer que navega em paz pela vida? Enfim, quem é capaz de desvendar o mistério da embalagem do pó royal? É o neuro? É o Zé? Ou ninguém é?
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Sobre o mistério da embalagem do pó royal:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=3673749
Diga lá, meu irmão!
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3 Comments:
Rapaz, eu conheço trÊs pessoas boas nessa vida: Eu, você e a Madre Tereza de Calcutá.
Sabe, Sócio? Eu não tenho como te responder isso.
Eu apontaria alguns pontos em seu artigo de opinião, mas como um todo ele é um bom exemplo de execução consciente de uma tipificação textual.
Eu só sei falar assim agora. (Y)
HAUAHUAHUA.
:***
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